Estímulo e Desestímulo

Esse primeiro semestre de 2009 foi estranho.

Fui de um extremo ao outro quanto a minha certeza de que estava fazendo o curso certo na faculdade. Logo eu que quase não tive duvidas sobre que curso fazer estava falando em desistir.

Estímulo

Pra começar, foi definitivamente um semestre muito mais ocupado do que o mesmo periodo do ano passado. Eu me empolguei e saí puxando 897487 matérias fora. Eu tinha mais matérias optativas do que da grade normal; Isso somado ao inglês e espanhol que já fazia fora, mais a autoescola, mais as pendencias relativas ao intercâmbio.

No final eu tinha que produzir um portfólio de fotografia, uma edição, um projeto de cerimonial pro "show do Roberto Carlos(!)" um roteiro de um episódio especial pra televisão de 30 páginas, fora todas as provas e resenhas e o pior de tudo, eu estava realmente gostando de tudo isso.

Claro que eu ainda arranjava tempo pra sair - não pensem que virei um Nerd bitolado- (fui até numa ravepelaprimeira vez) , pra ir no cinema segunda feira de noite aproveitando a promoção de 2 reais, e até pra viajar.

No meio do periodo fui incentivado por amigos a tentar de novo o processo seletivo pra empresa Junior da faculdade. Tinha tentado semestre passado e não entrado, e esse semestre eu estava mais atolado do que nunca. Me inscrevi meio incrédulo e acabei passando pro processo trainee. Foi aí que eu comecei a usar muito uma coisa que até então achava sem utilidade chamada Agenda.

No final acho que aquele ditado "carro apertado é que anda" é o que funciona comigo. Acho que nunca rendi e aprendi tanto em tão pouco tempo. Minhas notas inclusive melhoraram em relação ao periodo passado, mesmo naquelas tidas como "dificeis". Fui efetivado no departamento de Marketing da Acesso comunicaçao Jr. e ter entrado pra empresa foi com certeza uma das melhores coisas que me aconteceram esse ano.

Desestímulo

Infelizmente, nem tudo é sempre bom... Se por um lado eu estava realmente gostando da faculdade, de outro eu começava a me questionar sobre o futuro: "queria ser mesmo jornalista com perspectivas de emprego tão ruins?" e no meio de tudo isso o Supremo Tribunal Federal resolve acabar com a obrigação do diploma. Foi quase como se disessem que tudo o que eu tava fazendo era inutil.

Um professor chegou a dar a seguinte declaração "Deve continuar o curso quem realmente quer ser jornalista e não se vê fazendo outra coisa, quem não deve pensar seriamente em desistir do curso"

Eu que já tinha minha paixão pelo jornalismo abalada embora ainda gostasse muito de comunicação e me via fazendo tantas outras que poderiam me render um futuro menos pobre turbulento pensei seriamente em sair e tentar outro vestibular pra direito ou administração ou publicidade em outra faculdade (já que aqui não tem na federal).

O problema: No final do ao não estarei aqui. Dezembro eu já embarquei pro intercâmbio. Resolví continuar e ir puxando matérias de outros cursos (o que já pretendia fazer), enquanto isso vou vendo como eu me adapto e a poeira vai abaixando um pouco.

Uma coisa é certa: No meio desse turbilhão de estímulos e desestiímulos eu mudei, e acho que pra melhor.