Um Ano na Auto escola

Talvez um dos motivos pelo qual eu demore tanto a atualizar esse blog é porque sou chato gosto de contar as histórias com inicio, meio e fim. Esse será um post que provavelmente daria vários picados, mas, enfim, lá vai…

Começando

Maio do ano passado, estava eu ainda de “férias” quando resolvi começar a autoescola. 18 anos e a ânsia por poder dirigir. A escolha foi meio aleatória, o unico critério foi ser a mais perto de casa que eu conhecia.

O cara do balcão me disse que fazendo primeiro as aulas e depois marcando o exame psicotécnico eu ganharia tempo. Lêdo engano!

Depois de assistir todas as aulas, e fazer o exame psicotécnico -mentindo a quantidade de horas dormidas que tinham sido apenas 4 - ainda tive que esperar o tempo das aulas que eu tinha assistido pra fazer a prova escrita. Ou seja, ao invés de ganhar, eu perdí tempo!

Fiz a prova escrita e passei. As perguntas eram meio muito facéis, e apesar de não ter estudado nada, quase fexei a prova. Daí até minha permissão pra ter aulas práticas chegar, já era agosto e eu já tava na faculdade.

As aulas Práticas

Finalmente comecei as minhas aulas práticas. Não sabia nem onde era a embreagem. Meu pai nunca tinha se preocupado em meensinar a dirigir. Fiquei umas três aulas  só rodando no estacionamento do estádio municipal, e lá pela sétima embora já tivesse saindo na rua, não tava muito mehor.

Foi lá pela sétima aula também que eu esquecí de ir, e FDP do meu  instrutor resolveu desmarcar todas as minhas aulas depois dessa. Só um mês depois tinha vaga pra marcar de novo.

Já era final de novembro quando finalmente concluí as QUINZE aulas obrigatórias, e mesmo não estando grandes merda muito bom no volante, resolví partir pro primeiro exame.

O primeiro Exame

Eu sabia que as chances de passar eram minimas. Todo mundo sabe que aqui em Juiz de Fora é meio impossivel de passar pelo exame prático do Detran (especialmente o primeiro). Existem várias teorias sobre o porque disso acontecer, uns falam que é porque eles querem ganhar mais dinheiro com exame, outros que é porque são otários mesmo, e várias pessoas acabam indo tirar a carteira nas cidades vizinhas.

Existiam no entando relatos raros de pessoas que conseguiram passar na primeira tentativa. Era a esssa infima esperança que eu me apegava.

No dia no entanto chovia pra caralho muito forte. Pra minha sorte maior ainda, ao chegar me instrutor me avisou que o desembaçador do carro estava estragado.

O exame que estava marcado para as 10 atrasou em quase uma hora. Tudo porque um espertinho resolveu oferecer suborno para um examinador honesto que chamou a policia.

Com isso os carros marcados pras 11 horas começaram a chegar,e logo não tinha mais lugar praparar no lugar certo de começar o exame. Sendo assim, após ficar mais deuma horacom o guarda chuva aberto em baixo e chuva forte, comecei o exame descendo um morro violento muito ingreme, com uma faixa de pare a 3 metros de distância, e com o desembaçador estragado.

Entrei no carro, mostrei a licensa. E o examinador, que por incrivel que pareça era legal, me desejou boa sorte e mandou começar. Como se o desastre não fosse eminente o bastante, eu esqueci o cinto de segurança(!!) e sem enxegar nada, freei em cima do primeiro pare, sendo reprovado nos primeiros 5 segundos de exame.

O Segundo Exame

Nas férias, meu pai não queria pagar aulas, e em janeiro eu iria viajar e com medo de cair o exame na data da viagem foi só em março que eu voltei na autoescola. Fiz mais umas 4 aulas e treinei mais um pouco por fora, e enfim tava melhorando.

Só em Maio marcaram meu exame, mesmo eu avisando que minha pauta ( o tempo que a gente tem pra fazer o processo todo da autoescola e dura um ano) estava pra vencer.

Dessa vez estava mais confiante. Já estava melhor no volante, o carro era novo - e com desembaçador funcionando! - , e o dia estava bonito.

Na hora do primeiro controle de embreagem subindo o morro, esqueci de dar seta, o que o examinador fez questão de avisar. Ótimo! agora era só não errar mais nada. “Pelo menos o controle tinha ficado bom”, eu pensei. Mas aí ele mandou eu frear antes de sair de novo, e eu soltei a embreagem e o carro morreu. Já era de novo.

O Ultimo Exame

Saí direto pra auto escola pagando logo pra eles tentarem marcar mais um exame (sem muitas esperanças, já que da ultima vez demoraram quase 2 meses) mas marcaram pra semana passada.

Com a agenda mais lotada do que nunca, tive que me desdobrar pra encaixar mais duas aulas (as unicas que meu instrutor BACANA conseguiu pra mim) e na ultima quinta fui fazer o exame.

O lugar era novo, só tinha feito uma aula lá. Mesmo assim, estava confiante, tinha que ser dessa vez. Infelizmente o examinador entrou no carro disposto a me sacanear não me passar.

Entrei no carro, coloquei o cinto, ajustei tuo, e perguntei: “pode começar?” “Já devia ter começado” foi a resposta. A partir daí foi um festival de tentativas de indução ao erro, do tipo, “Tá demorando muito no pare, podia ter ido direto, vai atrapalhar o trânsito” ou “Acelera esse carro, tá novinho, coloca a 4a marcha” até que uma hora ele  disse “vire a esquerda!” eu virei, e era contramão.

Ao sair do carro ele deu um risinho e disse: “treina mais um pouquinho que da proxima vez você passa”. “A próxima vez só ano que vem, porque minha pauta venceu otário!” respondí.

E agora?

Agora vou ter que fazer o processo todo de novo, mas isso só ano que vem já que no final do ano não estarei em território nacional. Só espero terminar o proximo relato com um final mais bacana.